Nascido no final do século XV na vila de Ponte da Barca, foi um dos maiores exploradores portugueses de todos os tempos. Ele é creditado como o autor da primeira circunavegação da história ao redor da terra, iniciada em 1519 (a serviço do rei da Espanha) e concluída por Juan Sebastian Elcano após a sua morte, em 1522.

Por meio de um acordo assinado com Carlos V em Sevilha, ele insistiu em chegar às Molucas (arquipélago de ilhas hoje parte da Indonésia), em direção ao oeste, através de metade do mundo “da Espanha” de acordo com o Tratado de Tordesilhas. O estreito que separa a parte sul da Argentina e do Chile é chamado pelo seu nome. É conhecida por todos os navegadores como uma das travessias marítimas mais difíceis do mundo, justamente onde o Atlântico e o Pacífico Sul se encontram. A sua tripulação chegaria às Molucas quase 100 dias depois, depois de passar por Guam, onde uma luta acabaria com a vida do minhoto. Em 1522, apenas 18 dos quase 200 tripulantes retornariam a Sevilha com a boa notícia, a bordo do navio Victoria.

Para comemorar a vida e obra do descobridor, Ponte da Barca ergueu um monumento com a sua figura, e disponibilizou, dentro do Centro Interpretativo, uma área específica para divulgar Magalhães. Junto a esta sala, que presta homenagem à sua aventura marítima, vida, tipo de viagem e características da circunavegação, existem outras duas que falam ao visitante sobre a ocupação humana do concelho e os modos de vida de outrora nesta tipologia de território.