Centro Histórico Ponte de Lima
Centro Histórico Ponte de Lima

Ponte de Lima, vila que, tal como Xinzo de Limia, homenageia o seu rio, tem o título de “vila mais antiga de Portugal”, atribuído pela Rainha Dona Teresa em 1125. O centro histórico de Ponte de Lima pode ser percorrido a pé e dispõe de uma grande variedade de pontos de interesse relacionados com o património arqueológico, arquitetónico e religioso, símbolos da sua magnífica e extensa história.
Como capital do “vinho verde”, possui um Centro de Interpretação e Promoção, que reúne vinhos de toda a região dos vinhos verdes. Em Ponte do Lima passa a estrada portuguesa do interior, ou Caminho de Torres, que liga Braga a Compostela. A ponte romana e medieval (classificada como monumento nacional), possui dois troços, um romano do séc. I, e outro medieval do séc. XIV. Ambos perfazem um total de 380 metros, sendo um Ex-libris em pleno centro histórico. Em memória da passagem da legião romana que tentou atravessar o rio do “esquecimento” (outro paralelismo com Xinzo), uma figura de um general romano chama os seus legionários localizados do outro lado do rio “Lethes”.
Perto, outra estátua, esta de camponeses, merece atenção. É a escultura alegórica das Feiras Novas e do Folclore. Outros monumentos que pode encontrar são: a homenagem à Vaca das Cordas, o memorial aos “Heróis do Ultramar” ou a já mencionada estátua de D. Teresa.
Não muito longe, o Largo de Camões permite sentir o pulsar da vida do centro histórico. Outro ponto de visita obrigatória é a igreja matriz do séc. XV, (em 1932 foi introduzida a rosácea neo-gótica, inspirada na Igreja de São Francisco no Porto). Mesmo em frente, a Igreja da Misericórdia, cuja disposição atual resultou da abertura da rua Cardeal Saraiva e dividiu em dois o edifício do antigo hospital. Outros elementos a destacar são os Paços do Concelho ou Câmara Municipal, a Praça da República, a Torre da Cadeia Velha (hoje Loja Interativa de Turismo) e a torre de São Paulo, que faziam parte da muralha medieval construída por Pedro I (século XIV), e que tinha com 9 torres e 6 portas.
Ponte de Lima, tal como a vila galega de Allariz, vangloria-se de ser uma cidade “florida”, local de paisagismo e exaltação da beleza dos seus jardins. Bons exemplos são o jardim Dr. Adelino Sampaio, jardim dos Terceiros, o Parque da Guia, a Avenida dos Plátanos, o Parque do Arnado e o Festival Internacional dos Jardins. Por fim, o Paço do Marquês, com aspeto de fortaleza e onde hoje está instalado o Centro de Interpretação de História Militar, complementa uma visita imperdível à cidade onde se destaca o rio Lima.
Localização
Igreja Matriz de Ponte de Lima.
Coordenadas:
41.76772526387667, -8.58426685473265.
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Paço do Marquês (CIHM – entrada paga).
Coordenadas:
41.766638456263074, -8.583382176148943
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Lendas / Histórias relacionadas
A lenda do rio Lethes e a sua ligação com o rio Lima marcam a história de Ponte de Lima, sendo uma vila com fortes laços com Xinzo do Limia. Ponte de Lima está também geminada com a vila de Allariz em Ourense, pelo gosto partilhado pelos jardins e pela recuperação da envolvente do seu rio.

Informação de interesse
Todos os recursos turísticos estão muito próximos uns dos outros, numa área de apenas 2 km. Recomenda-se visitar primeiro a loja Interativa de Turismo para obter as informações necessárias e não perder nenhum canto desta cidade-monumento.
Bibliografia
Cunha Mota, Mécia; Remoaldo, Paula Cristina; Ribeiro, J. Cádima. Criatividade: a construção de novos cenários para o turismo em Ponte do Lima. Revista Portuguesa de Estudos Regionais, núm. 29, janeiro-abril de 2012, pp. 59-70. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional Angra do Heroísmo, Portugal
Festival dos Jardins. Website oficial. Disponível em: https://www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt/
Mota, Mécia, Remoaldo, Paula Cristina e Cadima Ribeiro, José (2010), “A evolução do turismo cultural e os desafios que se colocam aos pequenos centros urbanos: o caso de Ponte de Lima”, I Congresso Internacional de Turismo da ESG/IPCA – Produtos e Destinos Turísticos de Excelência – 1 e 2 de Outubro de 2010, Barcelos, 22 pp.