A intervenção procura validar a hipótese de que se trata de um campo militar romano.
O grupo de investigadores romanarmy.eu está a conduzir uma investigação arqueológica num “recinto fortificado não publicado” localizado entre a Galiza e o norte de Portugal, especificamente na área conhecida como Alto da Raia.
Segundo explicado pelo grupo, esta investigação procura validar a hipótese de que o recinto de tendência rectangular e descoberto pelo romanarmy.eu, poderia ser um campo militar romano. “Se assim fosse, este sítio arqueológico teria um grande valor histórico para conhecer os processos de conquista e assimilação deste território por Roma”. Neste sentido, o sítio Alto da Raia foi identificado através do processamento e análise dos dados LiDAR fornecidos pelo Instituto Nacional Geográfico (IGN) através do Plano Nacional de Ortofotografia Aérea, que está a multiplicar a detecção de sítios arqueológicos. Os dados permitiram apreciar um recinto fortificado de quase três hectares de dimensão que domina o vale do rio Salas. Pode ser vista uma encosta de terra que é preservada em três das faces do recinto defensivo. Além disso, pode haver um buraco exterior que complementaria esta defesa a partir do exterior. A morfologia da encosta, o tamanho e a disposição do recinto “suportam a hipótese de que se trata de um campo militar romano”.
O projecto é financiado pela Comissão Europeia através do projecto Finisterrae, liderado pelo arqueólogo da Universidade de Exeter João Fonte, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Montalegre, da Junta de Freguesia de Tourém, do Ecomuseu de Barroso e da Câmara Municipal de Calvos de Randín.